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sábado, 12 de março de 2011

Ajude seu filho a superar a ansiedade.

Fatores ambientais são principais responsáveis pelo mal, que acomete 12 a cada 100 crianças entre seis e 16 anos e pode exigir acompanhamento especializado
Tatiana Gerasimenko, especial para o iG São Paulo | 12/03/2011 09:17
Estamos acostumados a associar a ansiedade com a maturidade, como se as palpitações e a sensação de falta de controle do tempo fossem um resultado imediato das responsabilidades da vida adulta. Mas já há crianças sofrendo com esse mal, e não são poucas: a cada 100 crianças e adolescentes com idades entre seis e 16 anos, 12 sofrem de transtorno de ansiedade. E este número vem aumentando, segundo levantamento do Centro de Atendimentos e Pesquisa de Psiquiatria Infantil e da Adolescência.
Ansiedade infantil: dificuldade de concentração e reações desmedidas a acontecimentos simples são alguns dos sintomas
Só nos últimos 10 anos, o crescimento registrado foi de 60%. “No consultório, esse aumento é nítido. Os fatores ambientais, intimamente ligados ao aparecimento deste tipo de transtorno, estão mais propícios”, relata Jaci Ferfila, psicóloga especialista em diagnóstico de crianças e adolescentes. “Há mais competição, as famílias têm menos atividades”. Por isso os pais devem ficar atentos: atitudes encaradas muitas vezes como manha podem, na verdade, ser sinais de que o filho está sofrendo de ansiedade.
Como diferenciar o pedido simples por atenção de um problema mais sério, que requer ajuda psicológica? “A maneira prática de diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é avaliar se a reação é de curta duração e relacionada ao estímulo do momento ou não”, relata o estudo “Transtornos de ansiedade”, realizado pelos psiquiatras Ana Regina Castillo, Rogéria Recondo, Fernando Asbahr e Gisele Manfro, e publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria, a mais importante do setor.
De acordo com os especialistas, quando o sentimento passa a ser um problema na vida da criança, é hora de procurar ajuda. “É preciso olhar a criança como um todo, o jeito dela interagir, de se relacionar e principalmente de brincar, porque nesse momento ela vai se expressar”, pontua o psiquiatra especializado em crianças e adolescentes Candido Fontan Barros. “É no brincar que ela repete seus conflitos internos”.

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